Passados mais de sete meses do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), três pessoas que estavam na travessia seguem sem ser encontradas. O colapso ocorreu em 22 de dezembro de 2024, quando 18 ocupantes transitavam pela estrutura.
Segundo a Marinha do Brasil, permanecem desaparecidos Salmon Alves Santos, 65 anos, o neto dele, Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10, e Gessimar Ferreira da Costa, 38. Dos 17 inicialmente desaparecidos, 14 corpos foram recuperados durante as buscas, que se estenderam por 42 dias e foram encerradas oficialmente em 1º de fevereiro de 2025, véspera da implosão do trecho remanescente da ponte.
Angústia das famílias
A família de Salmon Alves Santos ainda não conseguiu registrar o óbito. A irmã dele, a professora Maristelia Alves Santos, relata que o sentimento de incerteza persiste. “A gente não sabe onde buscar, a quem recorrer. É muito difícil para a família”, declarou.
Salmon viajava com a esposa, Alessandra do Socorro Ribeiro, 40 anos, e o neto Felipe rumo ao Maranhão para o Natal. O corpo de Alessandra, último a ser localizado, foi identificado pela própria família pelas roupas que ela usava.
Morte presumida depende da Justiça
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP) informou que a declaração de morte presumida em casos de desaparecimento sem localização de corpo deve ser solicitada judicialmente. O pedido pode ser feito imediatamente em situações que envolvam risco à vida, como a tragédia da ponte.
Veículos e carga química submersos
No Rio Tocantins ainda permanecem carretas, caminhonetes, carros de passeio e aproximadamente 1,3 mil galões de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas que eram transportados no momento do acidente. Laudo da Polícia Federal indica que, até maio de 2025, apenas 29 galões haviam sido retirados; a previsão é concluir o trabalho até setembro.

Imagem: Divulgação via bico24horas.com.br
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a Marinha validou, nos dias 29 e 30, os protocolos de segurança para a retomada das operações de remoção. Após essa etapa, será realizado mapeamento detalhado da área antes da retirada dos veículos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanha a situação para avaliar possíveis impactos ambientais e elabora relatório sobre as condições do local.
Com informações de Bico 24 Horas