A prisão de ventre — também conhecida como constipação intestinal — caracteriza-se por evacuações difíceis, pouco frequentes ou pela presença de fezes ressecadas. O quadro, que pode ser temporário ou crônico, costuma chamar atenção quando o número de evacuações cai para menos de três por semana ou quando há mudança importante no padrão habitual.
Principais sintomas
Além da redução na frequência, a constipação costuma provocar esforço excessivo para evacuar, sensação de evacuação incompleta, dor abdominal e inchaço. Gases, alteração de humor e fezes endurecidas são queixas frequentes. Quando o problema se prolonga, podem surgir fissuras anais e sangramento, sinais que exigem avaliação médica.
Por que acontece
Entre as causas mais comuns estão dieta pobre em fibras, pouca ingestão de água e sedentarismo. Uso contínuo de analgésicos potentes ou suplementos, alterações hormonais — como gravidez e menopausa — e estresse também podem interferir no funcionamento do intestino. Doenças como síndrome do intestino irritável, diabetes, hipotireoidismo e distúrbios neurológicos podem tornar o quadro persistente.
Impactos e complicações
O trânsito intestinal lento faz com que as fezes permaneçam mais tempo no intestino grosso, perdendo água e endurecendo. O esforço repetido para evacuar pode enfraquecer a musculatura pélvica e favorecer problemas como hemorroidas, prolapso retal e formação de fecaloma. Em casos prolongados, a constipação crônica pode mascarar doenças graves, entre elas o câncer de cólon.
Diagnóstico
Clínicos gerais ou gastroenterologistas conduzem o diagnóstico a partir do histórico do paciente, exame físico e, quando necessário, métodos de imagem como raio-x abdominal, colonoscopia ou enema opaco. O objetivo é excluir alterações estruturais ou inflamatórias e definir a melhor conduta.

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Tratamento e prevenção
A primeira linha de cuidado envolve mudanças no estilo de vida: aumento do consumo de fibras (frutas, verduras, legumes e cereais integrais), ingestão adequada de água, prática regular de atividade física e criação de rotina para ir ao banheiro sem postergar o reflexo evacuatório. Medicamentos só devem ser usados com orientação profissional; o uso indiscriminado de laxantes pode agravar o problema e gerar dependência.
Na maior parte dos casos, a combinação de alimentação balanceada, hidratação e exercício físico controla a prisão de ventre. Quando a constipação se torna crônica ou acompanhada de sinais de alarme, a avaliação médica é essencial para prevenir complicações e tratar possíveis doenças de base.
Com informações de Olhar Digital