O presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Cristalândia, Big Jow, defendeu mais recursos e apoio técnico para os municípios durante a abertura do Seminário sobre Gestão de Resíduos Sólidos Orgânicos Urbanos, promovido pela Embrapa nesta sexta-feira, 8, em Palmas.
Ao discursar, Big Jow afirmou que a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é “importante, porém complexa de executar”. Segundo ele, as prefeituras “assumem grande parte do custo da operação” e carecem de financiamento, mão de obra especializada e orientações técnicas.
Quatro eixos obrigatórios
Para cumprir a legislação, os municípios precisam:
- elaborar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGRIS);
- implantar coleta seletiva;
- executar a compostagem de resíduos orgânicos;
- destinar rejeitos em aterros sanitários.
Big Jow destacou dificuldades específicas, como a ausência de catadores, cooperativas ou associações em diversas cidades e o alto custo de instalação e manutenção de aterros. Dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) citados pelo presidente apontam que um aterro de pequeno porte, com capacidade para 10 toneladas diárias de lixo, pode exigir investimento de cerca de R$ 5 milhões, sem contar as despesas permanentes.
Tecnologias apresentadas
O seminário expôs soluções tecnológicas para gestão de resíduos, com ênfase em processos de compostagem. Também foram discutidas formas de engajar a comunidade, incluindo a participação de estudantes das redes municipal e estadual de ensino.

Imagem: recursos e apoio técnico em seminário via portaldoamaral.com.br
No encerramento de sua fala, Big Jow agradeceu à Embrapa pelas iniciativas, mas reiterou que “falta o recurso financeiro para colocar tudo em prática”.
Com informações de Portal do Amaral