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Pouco mais de 100 hospitais aderem ao “Agora Tem Especialistas” e governo busca ampliar programa

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Brasília — Apenas 101 hospitais privados e filantrópicos solicitaram adesão ao programa federal Agora Tem Especialistas até o início de agosto, segundo o Ministério da Saúde. O total corresponde a 3% das 3,5 mil unidades que, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mantêm débitos com a União.

Troca de dívidas por atendimento

A iniciativa permite que instituições particulares atendam pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em troca de abatimento de dívidas ou obtenção de créditos tributários. A dívida somada desses hospitais é estimada em R$ 34,1 bilhões, e o governo fixou limite anual de R$ 2 bilhões para compensações via programa.

Apesar da procura considerada baixa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chamou a adesão de “positiva” e reiterou que a meta para 2026 é ofertar R$ 2 bilhões em créditos, valor que seria convertido no mesmo montante em cirurgias, exames e tratamentos especializados no SUS.

Distribuição regional

Entre os 101 pedidos de ingresso, 45 partem de instituições do Sudeste, 30 do Nordeste, 11 do Sul, 8 do Norte e 7 do Centro-Oeste.

Regras de participação

Cada hospital participante deve prestar serviços equivalentes a no mínimo R$ 100 mil por mês. Os valores atendidos serão transformados em abatimento de dívidas ou em créditos a serem utilizados a partir de 2026. Em julho, o Ministério da Saúde abriu também a possibilidade de adesão para planos de saúde, com exigência mínima de R$ 50 mil mensais, visando ampliar a cobertura em regiões onde há poucos hospitais.

Objetivo de reduzir filas

O governo busca diminuir as filas do SUS em especialidades como cardiologia, oftalmologia, pediatria, ginecologia, otorrinolaringologia e oncologia. O encaminhamento dos pacientes continuará a ser feito pelos sistemas de regulação locais, sem escolha direta da unidade privada pelo usuário.

Segundo Padilha, o programa atende a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a estrutura pública e privada para expandir o acesso a consultas e procedimentos especializados.

Com informações de Gazeta do Povo

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