Parlamentares alinhados à direita criticaram, nesta quarta-feira (20), a operação de busca e apreensão da Polícia Federal que teve como alvo o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Repercussão no Congresso
Líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante classificou a abordagem policial como “constrangimento” e afirmou que Malafaia, por possuir endereço conhecido e agenda pública intensa, não deveria ter sido tratado como “criminoso”.
Para Marcel van Hattem (Novo-RS), Moraes “ultrapassou os limites” ao autorizar a ação. O parlamentar declarou que o ministro mantém uma “perseguição política” contra a direita e que o pastor é um dos principais líderes religiosos do país.
O deputado José Medeiros (PL-MT), ex-vice-líder do governo Bolsonaro, considerou a operação “absurda” e disse que quem se opõe ao atual cenário político “acaba perseguido”. Segundo ele, o país estaria “virando uma terra sem lei”.
Indiciamento de Bolsonaro e do filho
No mesmo procedimento, a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta tentativa de obstrução de Justiça. A corporação atribui aos dois os crimes de coação no curso de investigação, obstrução de apuração referente a organização criminosa e tentativa de derrubar, de forma violenta, o Estado Democrático de Direito.

Imagem: Isac Nóbrega
Eduardo Bolsonaro é investigado por ações que teria promovido nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A PF sustenta que pai e filho atuaram para dificultar as investigações sobre a alegada tentativa de golpe.
A busca contra Malafaia foi realizada no momento em que o pastor desembarcava de Lisboa acompanhado da esposa. Não há informações, até o momento, sobre materiais eventualmente apreendidos.
Com informações de Gazeta do Povo