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Moraes é incluído em lista dos EUA que já contém 16 alvos ligados a terrorismo e narcotráfico

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos acrescentou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, às sanções previstas pela Lei Global Magnitsky em 10 de agosto de 2025. Segundo Washington, o magistrado praticou “graves violações de direitos humanos” ao determinar ordens de censura secretas contra cidadãos e empresas norte-americanas.

Com a medida, Moraes passa a fazer parte de um grupo que, para as autoridades norte-americanas, reúne integrantes de organizações terroristas como Hezbollah, Al Qaeda e Estado Islâmico (ISIS), além de operadores do narcotráfico associados ao PCC e ao Comando Vermelho. Ao todo, outros 16 indivíduos que atuam ou já atuaram no Brasil permanecem sob bloqueio de bens e restrições financeiras impostas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) em diferentes legislações anticrime.

Quem são os 16 já listados pelos EUA

Ahmad Al-Khatib — Egípcio com cidadania libanesa, sancionado em 2021. Apontado como membro da rede de apoio da Al Qaeda no Brasil e proprietário de uma loja de móveis em São Paulo usada para movimentação ilícita de recursos.

Ali Muhammad Kazan — Libanês-paraguaio, sancionado em 2006. Considerado arrecadador de fundos do Hezbollah na Tríplice Fronteira e possível sucessor de Assad Ahmad Barakat.

Assad Ahmad Barakat — Alvo de sanções desde 2004. Liderou rede de financiamento ao Hezbollah via empresas de fachada, lavagem de dinheiro e extorsão. Preso em 2018 em Foz do Iguaçu e extraditado ao Paraguai em 2020.

Bilal Mohsen Wehbe — Brasileiro, sancionado em 2010. Apontado como principal representante do Hezbollah na América do Sul e responsável por enviar recursos obtidos no Brasil ao grupo no Líbano.

Ciro Daniel Amorim Ferreira — Sancionado em janeiro de 2025. Administrador do The Terrorgram Collective, grupo que propaga supremacia branca, recruta jovens e fornece instruções para atentados.

Diego Macedo Gonçalves do Carmo (“Brahma” ou “Magrelo”) — Sancionado em 2024. Operador de lavagem de dinheiro para o PCC; teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão entre 2018 e 2019. Cumpre pena na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).

Fahd Jamil Georges — Libanês naturalizado brasileiro, listado pela Kingpin Act. Conhecido como “Turco” ou “El Padrino”, atuava no tráfico internacional na fronteira Brasil-Paraguai e entregou-se em 2020.

Farouk Omairi — Libanês-brasileiro, sancionado por laços com o Hezbollah. Operava financiamento e comércio de armas na região de Foz do Iguaçu; preso no Brasil em 2006.

Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi — Sancionado em 2021 por apoiar financeiramente a Al Qaeda. Chegou ao Brasil em 2015 e administrava o braço financeiro do grupo no país.

Kassem Mohamad Hijazi — Brasileiro de origem libanesa, sancionado em 2021. Chefiava esquema de lavagem de dinheiro em Ciudad del Este, utilizando empresas de fachada e contato com autoridades paraguaias. Extraditado aos EUA em 2022.

Leonardo Dias Mendonça — Traficante goiano ligado à venda de cocaína das FARC para Fernandinho Beira-Mar. Mesmo preso, manteve operações entre 2000 e 2018; detido novamente em 2019.

Mohamad Tarabain Chamas — Sancionado em 2006. Operador do Hezbollah na Tríplice Fronteira, dono de shopping que, segundo o Tesouro dos EUA, servia como centro logístico e financeiro do grupo.

Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim — Egípcio residente no Brasil desde 2018. Acusado de fornecer apoio financeiro, material e logístico à Al Qaeda; nega envolvimento.

Mohamed Sherif Mohamed Mohamed Awadd — Egípcio-sírio, sancionado em 2021. Administrava recursos da Al Qaeda na América do Sul e atuava na falsificação de moeda. Sócio de empresa de móveis em São Paulo.

Muhammad Yusif Abdallah — Sancionado desde 2006. Identificado como financiador sênior do Hezbollah e gestor de shopping em Ciudad del Este, considerado ponto central de apoio ao grupo.

Osama Abdelmongy Abdalla Bakr — Egípcio com cidadania brasileira, sancionado em 2021. Teria recebido US$ 30 mil do ISIS para adquirir armas leves e tecnologia antidrone por intermédio de representantes norte-coreanos em Brasília.

Embora todos estejam sujeitos a bloqueio de bens e proibição de transações com cidadãos ou empresas norte-americanas, o governo dos EUA esclareceu que apenas Alexandre de Moraes foi enquadrado especificamente na Lei Global Magnitsky. Os demais foram atingidos por dispositivos voltados ao combate ao terrorismo ou ao narcotráfico internacional.

Com informações de Gazeta do Povo

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