O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, que iniciativas privadas de construção de ferrovias desconsideram necessidades coletivas e podem isolar regiões do país. A declaração foi feita em evento realizado em Recife (PE), dedicado ao lançamento de mais uma etapa da ferrovia Transnordestina.
Durante o encontro, o ministro informou que o edital para o trecho pernambucano da Transnordestina será publicado em outubro, possibilitando a retomada das obras. Segundo ele, a etapa originalmente seria executada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), mas o caráter privado do projeto “não leva em consideração as necessidades de um projeto público”.
Reinclusão de Pernambuco
Renan Filho explicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a reinserção do trecho de Pernambuco, descartado durante o governo anterior. “O Estado e o restante do Nordeste não podem ficar isolados”, relatou o ministro. O segmento havia sido retirado pela concessionária Transnordestina Logística S.A., que apontou inviabilidade econômico-financeira.
Com a mudança, o trecho será executado sob coordenação da estatal Infra S.A., dentro do Novo PAC. A ferrovia, de aproximadamente 1,7 mil quilômetros, ligará o interior nordestino aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), atravessando Piauí, Ceará e Pernambuco.
Cenário político
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, trocou o PSDB pelo PSD em março. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou que Lyra integrava o “palanque da vitória de Lula”. Entretanto, a direção nacional do PSD dá sinais de que pode lançar candidatura própria ou apoiar o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa presidencial de 2026, o que pode alterar alianças locais.
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A licitação do trecho pernambucano da Transnordestina deve ser publicada em outubro, marcando a retomada das obras.
Com informações de Gazeta do Povo
