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Disputa política marca megaoperação de R$ 23 bilhões contra o PCC

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A maior ação já realizada no país contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) expôs um embate político pela autoria dos resultados. Divulgada na quinta-feira (28), a investigação identificou movimentações ilícitas superiores a R$ 23 bilhões e sonegação de R$ 7,6 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais.

Após a operação, Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo concederam entrevistas separadas. O governador paulista, Tarcísio de Freitas, apontou que o trabalho se originou na inteligência da Polícia Civil do estado, enquanto o presidente Lula também procurou associar-se ao sucesso da ofensiva.

Críticas sobre uso político

O escritor Francisco Escorsim avaliou que a disputa é “profundamente lamentável” e afirmou que a atual “fragilidade institucional” impede a separação entre Estado e governo, prolongando a corrida eleitoral.

Para o ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera, a segurança pública é o tema que mais preocupa a população. Ele recordou que o governo petista foi contrário à classificação do PCC como organização terrorista, o que, em sua visão, dificultou a cooperação internacional.

PIX na mira do governo

No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, atribuíram parte do avanço do crime organizado a um vídeo viral publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o PIX, que teria prejudicado a fiscalização.

O jurista André Marsiglia classificou a acusação como “discurso eleitoreiro” e afirmou que o Executivo busca projetar Haddad para uma futura disputa.

Questionamentos ao TSE

Em entrevista ao programa Sem Rodeios, o ex-chefe da assessoria de enfrentamento à desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, relatou supostos abusos no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, a estrutura teria sido usada para perseguir opositores de direita.

Marsiglia comentou que o conceito de “desinformação” virou pretexto para perseguição política. Cabrera, por sua vez, criticou o papel dos “checadores” empregados pela Justiça Eleitoral, argumentando que se transformaram em instrumento de controle de informação.

Com informações de Gazeta do Povo

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