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Luz azul das telas atrasa liberação de melatonina e prejudica o sono

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O uso frequente de celulares, computadores, tablets e televisores à noite pode comprometer a qualidade do sono. A exposição à luz azul emitida por esses aparelhos inibe a produção de melatonina, hormônio que sinaliza ao organismo que é hora de dormir, e dificulta o início do repouso.

O que é a luz azul?

Trata-se de radiação visível de alta energia, presente na luz solar e em fontes artificiais, como lâmpadas fluorescentes, LEDs e telas eletrônicas. Seu comprimento de onda curto e frequência elevada fazem com que seja percebida de forma mais intensa pelos olhos.

Impactos no organismo

A glândula pineal aumenta a liberação de melatonina quando o ambiente escurece. Quando a retina capta luz azul, o cérebro interpreta que ainda é dia e reduz ou bloqueia esse processo. O resultado é:

  • demora maior para adormecer;
  • sono leve e fragmentado, com múltiplos despertares;
  • redução do estágio REM, essencial para recuperação física e consolidação da memória.

Mesmo poucos minutos de exposição antes de dormir podem atrasar a liberação de melatonina por horas e diminuir significativamente o tempo de sono profundo. A longo prazo, há risco de insônia, fadiga constante e dificuldade de concentração durante o dia.

Filtros de tela e óculos especiais

Muitos aparelhos oferecem modos de leitura ou conforto ocular que aquecem as cores da tela, mas pesquisas ainda não confirmaram benefícios concretos para o sono. O mesmo vale para óculos com filtro de luz azul: revisão da Cochrane Database of Systematic Reviews, conduzida pela Universidade de Melbourne com apoio de instituições do Reino Unido e da Austrália, não encontrou evidências sólidas de que essas lentes reduzam fadiga ocular, melhorem o descanso ou previnam danos visuais. Segundo os autores, telas emitem pouca luz azul em comparação ao sol, e as lentes bloqueiam apenas 10% a 25% desse espectro.

Luz azul das telas atrasa liberação de melatonina e prejudica o sono - Imagem do artigo original

Imagem: Shutterstock via olhardigital.com.br

Dicas para reduzir os efeitos

  • Evitar telas de duas a três horas antes de dormir;
  • Diminuir o brilho ou ativar o modo escuro;
  • Usar iluminação ambiente quente à noite;
  • Seguir a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhar por 20 segundos para algo a seis metros de distância;
  • Piscar com frequência e aplicar colírios lubrificantes para evitar olho seco;
  • Optar por óculos comuns com antirreflexo, que oferecem conforto sem promessas não comprovadas.

Essas medidas ajudam a minimizar a interferência da luz azul na produção de melatonina e a preservar a qualidade do sono.

Com informações de Olhar Digital

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