No fim do século 19, fotografar era uma operação complexa: exigia tripé, flash de pólvora e longos segundos de exposição. As imagens eram registradas em chapas que precisavam ser trocadas a cada disparo, e o acabamento dependia de trabalhos de laboratório para melhorar a qualidade rudimentar das fotos.
Essa rotina mudou em 1924, quando o empresário alemão Ernst Leitz Wetzlar apresentou ao mercado a Leica – sigla para “Leitz Camera”. O equipamento inaugurou uma nova era na captura de imagens ao reunir avanços que tornaram possível fotografar fora do estúdio.
Com lente de abertura maior, a Leica reduziu o tempo de exposição e permitiu sequências rápidas de disparos. A chapa rígida foi substituída por um rolo de filme virgem, aumentando a agilidade do fotógrafo. Além disso, o aparelho era leve, facilitando o transporte pelas ruas.
A combinação desses fatores libertou a fotografia das poses estáticas e abriu caminho para registrar a vida em movimento, influenciando diretamente o jornalismo e o hábito, hoje comum, de caminhar e fotografar cenas cotidianas — prática que existe há pouco mais de 50 anos.

Imagem: revistaoeste.com
Com informações de Revista Oeste