O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou neste sábado, 9 de março, uma nota oficial repudiando a decisão de Israel de ampliar suas operações militares na Faixa de Gaza.
Segundo o comunicado, a iniciativa israelense tende a agravar a “situação humanitária catastrófica” enfrentada pela população civil palestina, marcada por mortes, deslocamentos e escassez de alimentos. O documento não menciona o Hamas, grupo que governa o território e é o principal alvo da ação militar israelense.
Posicionamento brasileiro
A chancelaria reafirmou o entendimento de que a Faixa de Gaza integra o território do Estado da Palestina e voltou a cobrar a retirada “completa e imediata” das tropas de Israel da região. O texto também defende:
- cessar-fogo permanente;
- libertação de todos os reféns;
- entrada sem restrições de ajuda humanitária em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Histórico de atritos
Desde o início do terceiro mandato, em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado postura crítica em relação a Israel. Em 2024, após declarações consideradas ofensivas por Tel Aviv, Lula foi declarado persona non grata, levando à suspensão de encontros diplomáticos de alto nível entre os dois países.
Contexto do conflito
A escalada atual começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque contra Israel que resultou em centenas de mortes e sequestros. Desde então, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantém uma campanha militar intensa na Faixa de Gaza, onde ainda há relatos de reféns.

Imagem: Reprodução via revistaoeste.com
Com cerca de dois milhões de habitantes, Gaza é controlada pelo Hamas desde 2007 e tem sido palco de confrontos recorrentes entre grupos palestinos e Israel ao longo das últimas décadas.
Com informações de Revista Oeste