Um incêndio de grandes proporções atingiu, na madrugada deste domingo (3), um depósito de petróleo próximo ao Mar Negro, em território russo. Segundo autoridades locais, o fogo começou depois de um ataque com drones atribuído por Moscou à Ucrânia.
Destroços de um dos aparelhos teriam perfurado um tanque de combustível, mobilizando 127 bombeiros para conter as chamas. O aeroporto regional suspendeu temporariamente as operações durante a emergência, que foi controlada poucas horas depois.
O ataque integrou uma série de ações ucranianas com drones realizadas ao longo do fim de semana, que também miraram as regiões russas de Ryazan, Penza e Voronezh. Nesta última, quatro pessoas ficaram feridas, conforme informações de autoridades locais. Kiev não comentou oficialmente, mas vem intensificando ofensivas contra a infraestrutura de energia russa em resposta aos bombardeios contra sua rede elétrica.
Como retaliação, forças russas lançaram novos bombardeios no sul da Ucrânia. Em Kherson, um homem morreu e a ponte Ostrivsky sofreu danos significativos, o que levou à evacuação parcial do distrito de Korabel. Já em Mykolaiv, sete pessoas ficaram feridas e vários imóveis foram destruídos.
Na capital ucraniana, Kiev, a administração militar relatou via Telegram a detecção de mísseis na madrugada de domingo. Testemunhas ouvidas pela agência Reuters relataram uma forte explosão por volta da meia-noite, poucos dias depois do ataque aéreo mais letal do ano na cidade, que deixou ao menos 31 mortos — entre eles cinco crianças — e mais de 150 feridos.
Os serviços de emergência ucranianos informaram ainda que um míssil russo atingiu uma área residencial em Mykolaiv, ferindo outras sete pessoas. Em Kherson, autoridades confirmaram novos danos a uma ponte considerada estratégica.

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Do lado russo, o governo regional de Voronezh voltou a registrar quatro feridos em ataque atribuído a drones ucranianos. Enquanto Moscou ignora pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um cessar-fogo, a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou as ações russas como “depravadas” e divulgou a imagem da bandeira do bloco a meio-mastro.
Diante da escalada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, renovou apelos a países aliados por sistemas adicionais de defesa aérea.
Com informações de Jornal Opção | Tocantins