Brasília — A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), rebateu nesta terça-feira (5) as críticas feitas por dirigentes do União Brasil e do Partido Progressistas (PP) à postura do governo diante das sanções impostas pelos Estados Unidos.
Segundo Gleisi, a responsabilização pela tarifa de 50% que passa a incidir sobre as exportações brasileiras a partir de quarta-feira (6) não cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas à família do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).
Acusações de “deslealdade”
A ministra declarou que Lula “não iniciou conflito com os Estados Unidos, não impôs tarifas nem interferiu no Judiciário norte-americano”. Para ela, as ações da família Bolsonaro constituem “um ato de deslealdade com o Brasil e seu povo”.
Em fala direcionada às lideranças de União Brasil e PP, Gleisi cobrou posicionamento diante do episódio. “Precisam dizer de que lado estão: dos interesses do Brasil ou dos interesses de Bolsonaro”, afirmou, referindo-se especialmente ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ela, atua nos EUA “contra o Brasil”.
Nota de Rueda e Nogueira
As declarações ocorreram após Antonio Rueda (União Brasil-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI) divulgarem nota classificando a estratégia do governo como “retórica confrontacional”. No texto, os presidentes partidários alertam para o risco de agravamento das tensões diplomáticas e econômicas com um “parceiro comercial fundamental”.

Imagem: Joédson Alves via gazetadopovo.com.br
Rueda e Nogueira sustentam que, “sem foco em soluções práticas”, o Brasil compromete a capacidade de negociar acordos que possam reduzir o impacto das tarifas sobre o setor exportador.
Presença no governo
Atualmente, o União Brasil responde por três ministérios na administração Lula, enquanto o PP controla uma pasta.
Com informações de Gazeta do Povo