A Federação Tocantinense de Futebol (FTF) divulgou uma nota oficial negando o suposto salário mensal de R$ 215 mil ao presidente da entidade. No entanto, ao rebater a informação, a federação também confirmou que não oferece premiações em dinheiro aos clubes do estado e ainda retém 10% da bilheteria das partidas.
Além disso, a Federação Tocantinense de Futebol admitiu que suas receitas provêm das taxas de inscrição de atletas, clubes e da arrecadação parcial das bilheteiras. A entidade afirmou que, por não contar com patrocinadores nem apoio financeiro público, não há margem para distribuir prêmios em dinheiro aos participantes do campeonato estadual.
FTF nega salário ao presidente e fala em ações judiciais
A nota, emitida em resposta a uma matéria da Revista Piauí, destaca que o presidente da federação, Leomar Quintanilha, não é remunerado e que a CBF tomará providências legais contra a publicação. A entidade também declarou que sua assessoria jurídica adotará medidas cabíveis contra qualquer pessoa ou veículo que comprometa a imagem institucional da FTF.
Recursos e estrutura da federação
De acordo com a nota oficial, a Federação Tocantinense de Futebol mantém suas operações com receitas oriundas de:
- Taxas de registro de atletas e clubes
- 10% das bilheteiras dos jogos
- Repasse financeiro da CBF para custeio administrativo
A FTF declarou que organiza campeonatos em diversas categorias e promove a formação de árbitros, além de manter a “Seleção de Ouro”, composta por jovens talentos do futebol tocantinense.
Vagas em competições nacionais são mérito dos clubes
Outro ponto abordado pela federação é a conquista de duas vagas para clubes do Tocantins na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro. No entanto, essas vagas são destinadas ao campeão e ao vice-campeão do estadual, o que reforça que o mérito é diretamente relacionado ao desempenho dos clubes e não a iniciativas exclusivas da federação.
Presidente há mais de três décadas
Leomar Quintanilha, presidente da FTF há mais de 35 anos, é uma figura central na história do futebol tocantinense. Mesmo sem receber salário, segundo a nota, seu longo período à frente da federação tem sido alvo de questionamentos sobre a modernização e transparência da entidade.
Conclusão
A nota de esclarecimento da Federação Tocantinense de Futebol trouxe mais questionamentos do que respostas. Embora tenha negado o pagamento de salário ao presidente, a entidade revelou pontos críticos como a ausência de prêmios em dinheiro aos clubes e a retenção de parte da renda dos jogos. Com isso, cresce o debate sobre a necessidade de maior apoio estrutural e financeiro ao futebol local.