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EUA avaliam intensificar sanções contra ministros do STF, diz Eduardo Bolsonaro

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro declarou ao jornal britânico Financial Times que o governo dos Estados Unidos analisa a possibilidade de impor novas sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) caso o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro não seja encerrado. Segundo ele, a Casa Branca considera medidas como bloqueio de bens, cassação de vistos e tarifas comerciais adicionais.

Articulação em Washington

Acompanhado do comentarista Paulo Figueiredo, Eduardo Bolsonaro está nos EUA reunindo-se com parlamentares e integrantes do governo para pressionar pela adoção de punições contra magistrados que mantêm o processo sobre a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump tem várias possibilidades em mãos, desde sancionar mais autoridades brasileiras até uma nova onda de retiradas de vistos e questões tarifárias”, afirmou o parlamentar ao Financial Times. Nem a Casa Branca nem o Departamento de Estado responderam aos pedidos de comentário do veículo.

Medidas já em vigor

O atrito marca um dos momentos mais tensos das relações Brasil-EUA em duas centenas de anos. Recentemente, Washington elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros e barrou a entrada de oito ministros do STF, citando o julgamento de Bolsonaro, suposta censura em redes sociais e pendências comerciais.

A Secretaria do Tesouro dos EUA já aplicou sanções conhecidas como Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, congelando ativos em território norte-americano e proibindo transações com cidadãos dos EUA. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou o magistrado de liderar “campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados”.

Resposta brasileira

O presidente Lula classificou as pressões como “inaceitáveis”, enquanto o STF manteve o cronograma do julgamento. Mesmo sob sanções, Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e proibiu o ex-chefe do Executivo de manter contato com o filho.

EUA avaliam intensificar sanções contra ministros do STF, diz Eduardo Bolsonaro - Imagem do artigo original

Imagem: Reprodução via revistaoeste.com

Possíveis novos alvos

Eduardo Bolsonaro sugeriu que futuras sanções podem alcançar familiares de Moraes, como a esposa do ministro, além de aliados próximos. Ele também citou possíveis revogações de vistos concedidos a integrantes do Judiciário brasileiro.

Mobilização na Europa

O parlamentar pretende estender a campanha a países europeus. Em Portugal, o deputado André Ventura, líder do partido Chega, defende impedir a entrada de Moraes no país e congelar seus bens. No Parlamento Europeu, o polonês Dominik Tarczyński e outros 15 representantes de direita enviaram carta à chefe da diplomacia do bloco, Kaja Kallas, propondo sanções a Moraes e a colegas de Corte por supostas violações de direitos humanos.

Reações internas

No Brasil, opositores de Eduardo Bolsonaro alegam que a escalada de tarifas e restrições pode afetar exportações e empregos. O deputado rebate, dizendo agir para “salvar a democracia”, inclusive para que “pessoas de esquerda possam me insultar e criticar”.

Com informações de Revista Oeste

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