Brasília – O ministro Edson Fachin foi escolhido, nesta quarta-feira (13), para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dois anos. A posse está marcada para 29 de setembro, quando sucederá o atual presidente, Luís Roberto Barroso. O plenário também definiu o ministro Alexandre de Moraes como vice-presidente.
A eleição ocorreu em votação secreta entre os 11 integrantes da Corte, prática que tradicionalmente confirma o nome mais antigo que ainda não ocupou a presidência. Fachin e Moraes receberam dez votos cada, já que o regimento interno impede o voto em si próprio.
Perfil do novo presidente
Nascido em Rondinha (RS), Fachin tem 67 anos e integra o STF desde 2015, indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Doutor em Direito Civil e professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o magistrado atuou como procurador do Estado do Paraná e participou da reforma do Judiciário e da elaboração do novo Código Civil.
No Supremo, relator da Operação Lava Jato desde 2017, Fachin já conduziu mais de 53 mil processos. Ao assumir o cargo máximo do tribunal, também passará a presidir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Discurso de posse e prioridades
Ao agradecer a escolha, o ministro declarou receber a função “com sentido de missão”, prometendo fortalecer a colegialidade, a pluralidade e o diálogo entre os Poderes. Ele voltou a defender a autonomia do Judiciário e alertou para “tentativas de erosão democrática”.

Imagem: Antonio Cruz via gazetadopovo.com.br
Vice-presidência e sucessão
Alexandre de Moraes destacou a experiência conjunta com Fachin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse ser “honra” ocupar a vice-presidência. Seguindo o critério de antiguidade, Moraes é apontado como próximo presidente do STF a partir de 2027.
Após Moraes, a projeção interna sugere Kassio Nunes Marques no comando da Corte entre 2029 e 2031, André Mendonça de 2031 a 2033 e Cristiano Zanin de 2033 a 2035.
Com informações de Gazeta do Povo