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Dentes fósseis revelam espécie inédita de Australopithecus na Etiópia

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Cientistas da Universidade Estadual do Arizona (EUA) identificaram 13 dentes fossilizados escavados na região de Afar, na Etiópia, como pertencentes a uma espécie ainda desconhecida de Australopithecus. A descoberta sugere que esse hominídeo conviveu com os mais antigos representantes do gênero Homo entre 2,6 e 2,8 milhões de anos atrás.

Coexistência no mesmo território

De acordo com a paleoecóloga Kaye Reed, codiretora do Projeto de Pesquisa Ledi-Geraru, a evidência reforça que a evolução humana não ocorreu de forma linear. “Aqui, temos duas espécies de hominídeos que vivem lado a lado”, afirmou a pesquisadora do Instituto de Origens Humanas da universidade.

Dentes não pertencem a Lucy

Os dentes foram comparados com espécimes de Australopithecus afarensis — espécie da famosa fóssil “Lucy” — e não corresponderam às características conhecidas desse grupo. A conclusão elimina a hipótese de existirem fósseis de Lucy com menos de 2,95 milhões de anos.

Mais fósseis serão necessários

Embora os restos dentários testemunhem a presença de um novo Australopithecus, os cientistas afirmam que não é possível nomeá-lo formalmente apenas com base nos dentes. “Precisamos de mais material para compreender as diferenças entre Australopithecus e Homo e como eles se sobrepõem no registro fóssil”, explicou Brian Villmoare, autor principal do estudo.

Datação por cinzas vulcânicas

A idade dos fósseis foi determinada graças a camadas de cinzas vulcânicas ricas em feldspatos presentes no sítio arqueológico. O geólogo Christopher Campisano destacou que datar as erupções acima e abaixo dos achados permite fixar a cronologia dos restos. Segundo o geólogo Ramon Arrowsmith, o conjunto de sedimentos analisado tem entre 2,3 e 2,95 milhões de anos, período considerado decisivo para a evolução humana.

Dentes fósseis revelam espécie inédita de Australopithecus na Etiópia - Imagem do artigo original

Imagem: Reprodução via olhardigital.com.br

Próximos passos

Agora, a equipe examina o esmalte dos dentes para investigar a dieta da nova espécie. “Sempre que surge uma descoberta empolgante, sabemos que precisamos reunir mais informações”, concluiu Reed.

Com informações de Olhar Digital

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