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Barroso rejeita acusação de perseguição política e vê julgamento de tentativa de golpe como divisor de águas

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta quinta-feira (11) que a decisão da Primeira Turma sobre o núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado representa “um divisor de águas” na trajetória democrática do país.

Ao fim da sessão, o colegiado condenou, por maioria, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. As penas variam de 2 anos, em regime aberto, a 27 anos de prisão. Em curto pronunciamento, Barroso sinalizou que o julgamento marca o encerramento de ciclos de ruptura institucional no Brasil.

Reconhecimento ao relator e ao voto dissidente

Barroso elogiou o trabalho do relator, ministro Alexandre de Moraes, classificando-o como “hercúleo” pela organização das provas ao longo dos últimos anos. Ao mesmo tempo, fez um gesto ao ministro Luiz Fux, único a votar pela absolvição de Bolsonaro, dizendo respeitar posições divergentes.

“Pensamento único só existe em regimes autoritários”, afirmou o presidente da Corte, acrescentando que divergências fazem parte da vida democrática desde que respeitem as regras do jogo e os resultados eleitorais.

“Ninguém sai feliz”

Para Barroso, o STF cumpriu a missão constitucional de julgar civis e militares acusados de conspirar contra a ordem constitucional. “Ninguém sai hoje daqui feliz, mas era necessário enfrentar o tema com coragem e serenidade”, ressaltou.

O magistrado também destacou o trabalho “meticuloso e criterioso” do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e a condução do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, durante o julgamento.

Barroso encerrou a fala defendendo a necessidade de “virar a página” para reconstruir relações políticas sem intolerância, extremismo ou incivilidade, e para que o país avance em uma agenda comum.

Com informações de Gazeta do Povo

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