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Argentina cria Departamento Federal de Investigações para conter avanço do PCC

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O governo argentino anunciou nesta terça-feira, 5, a criação do Departamento Federal de Investigações (DFI), estrutura dedicada ao combate de organizações criminosas transnacionais, com ênfase no Primeiro Comando da Capital (PCC).

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, explicou que o primeiro grande dossiê a ser produzido pelo novo órgão será o mapeamento das atividades do PCC em território argentino. Segundo a ministra, a medida responde à necessidade de impedir a consolidação da facção, considerada a maior da América do Sul.

Recém-nomeado para chefiar o DFI, o comissário-geral Pascual Bellizi afirmou que a facção atua há cerca de 30 anos e busca expandir sua influência no continente. “Nosso objetivo é identificar os integrantes e desmontar a estrutura criminosa antes que ela se estabeleça no país”, declarou.

Prisão de líder de facção impulsionou decisão

A iniciativa foi anunciada poucos dias após a captura de Fábio Rosa Carvalho, apontado como chefe da quadrilha Os Manos e ligado ao PCC. O criminoso foi preso na sexta-feira 1º, na Avenida Pedro Goyena, 800, bairro de Caballito, em Buenos Aires, depois de quase três anos foragido.

Carvalho havia fugido de um presídio brasileiro, onde cumpria pena por homicídio e tráfico de drogas. Ele é acusado de mais de 100 assassinatos no Brasil. Bellizi confirmou que a Argentina pretende extraditá-lo para que responda aos processos em seu país de origem.

A operação que resultou na prisão envolveu a Divisão de Prisões e Fugitivos da Polícia da Cidade de Buenos Aires, agentes da Polícia de Córdoba especializados em roubos e furtos e uma equipe da Polícia Civil brasileira.

Funcionamento do novo departamento

O DFI terá a missão de rastrear movimentos financeiros, rotas e eventuais pontos de apoio logístico do PCC na Argentina. Bellizi ressaltou que facções como o PCC mantêm rituais próprios, oferecem suporte econômico e proteção às famílias de seus integrantes e costumam levar violência às regiões onde se instalam.

Com a criação do órgão, o governo argentino busca intensificar a cooperação com forças de segurança de países vizinhos para impedir que a facção brasileira utilize o território argentino como corredor de drogas ou refúgio para foragidos.

Com informações de Revista Oeste

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