Home / Tecnologia / Estudo indica que abalos sísmicos na Lua podem comprometer missões futuras

Estudo indica que abalos sísmicos na Lua podem comprometer missões futuras

Publicidade
Spread the love

Um artigo publicado nesta quinta-feira (7) na revista Science Advances aponta que terremotos lunares representam risco potencial para missões tripuladas e instalações de longo prazo no satélite natural. A conclusão foi obtida a partir da análise do vale Taurus-Littrow, local onde a Apollo 17 pousou em 1972.

A equipe responsável examinou registros visuais da área, como trilhas deixadas por rochas que rolaram encosta abaixo e marcas de deslizamentos. Esses indícios, somados a dados e amostras coletados pelos astronautas na época, indicam que as alterações no terreno ocorreram por causa de repetidos tremores nos últimos 90 milhões de anos, e não por impactos de meteoritos, como se supunha.

Publicidade

Para testar a hipótese, os pesquisadores simularam no computador um sismo de magnitude 3 na falha Lee-Lincoln, que corta o ponto de pouso da Apollo 17. Embora esse nível seja considerado fraco na Terra, o modelo mostra que, na Lua, ele seria suficiente para deslocar pedras e provocar deslizamentos capazes de danificar estruturas.

Os cálculos apontam que a chance de um tremor significativo acontecer em um único dia nas proximidades de uma falha é de 1 em 20 milhões. Em uma missão de dez anos, porém, a probabilidade sobe para 1 em 5.500, sinalizando um risco que não pode ser ignorado em projetos de permanência prolongada, como o programa Artemis da NASA.

“O risco de algo catastrófico acontecer não é zero e, embora pequeno, precisa ser considerado ao planejar infraestrutura de longo prazo na superfície lunar”, afirmou Nicholas Schmerr, geofísico da Universidade de Maryland e coautor do estudo.

Estudo indica que abalos sísmicos na Lua podem comprometer missões futuras - Imagem do artigo original

Imagem: NASA via olhardigital.com.br

Os autores recomendam a escolha criteriosa de locais de pouso e construção, evitando-se escarpas ou falhas com atividade recente. Quanto maior a distância dessas formações, menor a probabilidade de danos causados por abalos sísmicos.

Com informações de Olhar Digital

Publicidade

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *